o que é
O mieloma múltiplo é o câncer das células da medula óssea chamados de plasmócitos. No mieloma múltiplo, os plasmócitos se multiplicam rapidamente e são anormais, comprometendo a produção das outras células do sangue.
Quem pode ter
O mieloma apresenta incidência elevada em negros e adultos de meia idade. A sua prevalência é maior a partir da quinta década de vida, principalmente entre 50 e 60 anos.
Sintomas e Diagnósticos
O mieloma múltiplo não apresenta sintomas na sua fase inicial, mas em uma fase mais avançada, os sintomas incluem: fraqueza, cansaço excessivo e sonolência; marcas roxas na pele; confusão; diminuição da força e da sensibilidade dos dedos dos pés e das mãos; dor nos ossos, principalmente no quadril e nas costelas; aumento dos níveis de cálcio no sangue; dificuldade em movimentar as mãos ou os pés; fraturas frequentes e espontâneas; e o grande risco de anemia, decorrente da diminuição da quantidade de células do sangue, como as plaquetas, os glóbulos brancos e os glóbulos vermelhos.
Por ser assintomático em alguns casos, o mieloma múltiplo pode ser descoberto por acaso, em exames de rotina como o Raio X. O mais usual é o exame de sangue, ao revelar anemia, aumento do VHS e alteração da função renal.
Os exames de imagem como radiografias, tomografias e ressonância magnética podem auxiliar na avaliação do mieloma múltiplo, identificando as lesões líticas características da doença óssea
Pode ser realizada biópsia da medula óssea, na qual é retirado um fragmento do osso da bacia para análise em laboratório, e mielograma. O objetivo desses exames é quantificar os plasmócitos presentes. Caso eles detectem mais de 10% de plasmócitos clonais na medula óssea, é confirmado o mieloma múltiplo.
Tratamentos
No tratamento de mieloma múltiplo são utilizados medicamentos com o objetivo de destruir, controlar ou inibir o crescimento das células doentes.
Algumas das possibilidades são os inibidores do proteassoma (que atacam as células doentes com menos impacto nas saudáveis), os imunomoduladores, os anticorpos monoclonais e os corticoides.
O transplante autólogo de células-tronco periféricas é geralmente indicado para pacientes com menos de 70 anos de idade.
Por fim, deve haver atenção ao tratamento de suporte, ou seja, de sintomas físicos que possam prejudicar a qualidade de vida e a saúde do paciente. O uso de bisfosfonatos ajuda a manter os ossos fortes, pois eles inibem a reabsorção óssea mediada por osteoclastos, reduzindo a dor óssea, a hipercalcemia e a incidência de fraturas.
O uma boa avaliação do oncologista ortopédico auxilia na prevenção de fraturas e também na escolha do tratamento para as lesões ósseas.